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Vida financeira: amigos que permanecem na abundância e na penúria

No dia 30 de julho comemoramos o Dia Internacional da Amizade e é uma ótima data para refletirmos sobre a qualidade das nossas. E, sob este ponto de vista, qual é o impacto que elas têm em nossa vida financeira?

Isso porque, ao longo de nossa vida, encontraremos muitas pessoas que não estão preocupadas com o nosso bem estar, mas, na verdade, só ficarão ao nosso lado na bonança.

Uma boa amizade é um verdadeiro refrigério e consolo em todos os momentos de nossa vida, inclusive nos mais difíceis.

Que esse texto nos ajude a refletir sobre a importância de se ter bons amigos que permanecem na abundância e, também, na penúria. Continue a leitura até o fim!

A vida financeira como reflexo da vida interior

Quando estamos bem, naturalmente a nossa vida financeira tende a seguir o mesmo ritmo. Ou seja, quando Jesus está no centro de nossas vidas, Ele nos fortalece em momentos de dificuldades e agitações.

No entanto, quando enfrentamos crises em nosso interior, vemos o reflexo disso também em nossas finanças.

A vontade de Deus para nós é que saibamos, como São Paulo, “viver na penúria, e também viver na abundância”. De forma que possamos encontrar o equilíbrio em todas as áreas de nossa vida, inclusive a financeira. Pois o equilíbrio gera a virtude e a virtude nos dispõe a santidade.

“Estou acostumado a todas as vicissitudes: a ter fartura e a passar fome, a ter abundância e a padecer necessidade” (Cf. Fp 4, 12).

Primeiramente, devemos cultivar uma vida interior fecunda e, também, amizades santas. Assim como a de São Basílio e São Gregório, que eram “um para o outro a regra e o modelo para discernir o certo e o errado” (Cf. Província Carmelitana Fluminense, 20/07/2021).

Do mesmo modo, em nossas vidas como um todo nos dispõe ordenar as influência em conformidade com a vontade de Deus.

Boas e más amizades: seus impactos na vida financeira

A característica de uma boa amizade vem da capacidade da doação ao outro, sem interesses. É o Espírito Santo que gera a comunhão para partilhar e evangelizar, fazendo em nós “um só coração e uma só alma” (Cf. At 4, 32b).

A nossa partilha, de amizade cristã, tem como objetivo contribuir para o crescimento pessoal da outra pessoa como um todo. Ao contrário, as más amizades, mundanas e cheias de vaidades, só buscam os momentos de “colheita” e não os de “semeadura”.

Analogamente, muito menos os momentos em que faltam as sementes, neste caso, no caos da vida financeira em ruínas.

A má amizade vai embora assim que os infortúnios da nossa própria vida financeira parecem atingir todos que estão ao nosso lado. Enquanto a boa amizade não só permanece, mas renuncia a si mesmo para ajudar.

Não quer dizer que precisamos usar de seus recursos, basta a compreensão e companhia.

Tomemos o exemplo bíblico do livro de Jó. Em resumo, entre os capítulos 2 e 39, onde mostra a presença de seus amigos durante momentos de provação em sua vida. Embora, com discursos, os amigos de Jó não tenham acertado totalmente, mas estiveram presentes desde que souberam as dificuldades que ele enfrentava.

Entenda, não devemos buscar pessoas perfeitas, mas que mesmo em suas imperfeições,estejam alí para desabafarmos. Ao mesmo tempo, que simplesmente compartilhem de nosso silêncio, como foi o caso dos amigos de Jó.

Em um tempo onde o egoísmo e o individualismo parecem imperar, encontrar um amigo que seja fiel em todas as circunstâncias é coisa rara. Principalmente quando precisamos sair do abatimento e do desânimo.

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Boas amizades transformam as nossas vidas

É bem verdade que como diz a oração de São Francisco de Assis: “é dando que se recebe”; dessa forma, para encontrarmos boas amizades, é necessário que antes sejamos o modelo de amigo que gostaríamos de ter.

Assim como acontecia entre os grandes santos, como o próprio São Francisco de Assis e Santa Clara, Santo Ambrósio e Santa Mônica e muitos outros. Frequentemente, eles buscavam uma vida de mais valor e dignidade para seu amigo, à luz do Evangelho.

Quando não, literalmente, uma transformação de vida. E, com essa mesma intenção também devemos nos aproximar dos nossos amigos. Ainda mais quando estão atormentados e atribulados na vida financeira.

Pois, é uma grande alegria e riqueza ter uma verdadeira amizade ao lado, enquanto caminhamos neste mundo. “Pode ser que muitos de nós sejamos ricos e ainda não nos demos conta” (Cf. comshalom, 13/02/2023).

E como podemos ajudá-los?

Há diversas formas, mas, de forma breve:

  • Aprenda sobre finanças pessoais, o necessário para ter uma organização financeira.
  • Proponha um planejamento financeiro mensal, de gastos etc.
  • Ajude a criar bom senso, isso é muito necessário e importante. Muitas pessoas não observam a necessidade real de compra. Ou, não analisam os seus registros financeiros antes de comprar.
  • Ajude a criar planilhas, ou seja, até anotações mesmo, sobre registros do que entra e sai de dinheiro.

E, essa lista poderia se estender muito, muito mesmo. O importante é que, para administrar bem a nossa vida é preciso sabedoria. E você pode ajudar muito nisso, sendo um bom amigo.

Para finalizar…

“Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel, o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade de sua fé” (Eclo 6, 14 – 15).

Portanto, é hora de despertar para uma amizade mais sincera que permita acolher, aconselhar e libertar aqueles nossos irmãos aprisionados em uma vida financeira atribulada.

Então, existem muitos métodos, não há como dispô-los aqui, mas com planejamento, organização e muita oração… Sim, “Tudo posso naquele que me fortalece”!

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