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Pentecostes é partilha e missão

É impossível mensurarmos a grande graça que foi Pentecostes para a Igreja de Cristo.

É impossível mensurarmos a grande graça que foi Pentecostes para a Igreja de Cristo. Embora tenhamos relatos do impacto que esse grande acontecimento causou na vida de todos nós, jamais conseguiremos expressar com totalidade sua importância.

Pentecostes transformou para sempre a vida dos apóstolos e discípulos de Nosso Senhor e seu transbordamento alcança hoje as nossas vidas, e, sem dúvida, chegará até os últimos tempos.

A espiritualidade de pentecostes

A espiritualidade de Pentecostes inaugurou um tempo único para os primeiros cristãos; foi de fato todo o fôlego que a Igreja nascente precisava após a morte de Jesus para continuar a missão dada por Nosso Senhor.

Antes mesmo da vinda do Espírito Santo, Pentecostes já realizava seus frutos, pois manteve os apóstolos unidos em oração, na obediência à ordem do Senhor para não se dispersarem (At 1,4).

Após a descida do Espírito Santo, os apóstolos tomam o ar, revestem-se de uma graça incansável e com desassombro iniciam a grande missão da Igreja.

O medo e o receio que havia antes de Pentecostes dão espaço a um vigoroso testemunho de fé, acompanhado de prodígios e milagres. É, de fato, um espetáculo divino sobre a terra.

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De Jerusalém para o mundo

A espiritualidade de pentecostes não era apenas para aquele local onde estavam os apóstolos, mas percebemos que a vontade de Deus era que aquela espiritualidade alcançasse todo o mundo.

Conseguimos ver nitidamente em Atos 2 que, quando o Espírito Santo desce sobre os apóstolos e eles começam a falar em outras línguas, todos os presentes de diversas localidades os ouvem falar em sua língua materna.

Isso é um grande sinal da vontade do Senhor para nós de que Sua Palavra, de fato, chegue aos confins do mundo. E é o Espírito Santo, que capacitou os apóstolos para esta obra, quem permanecerá sobre os que o pedirem.

Como nos afirma o Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 688: “A Igreja, comunhão viva na fé dos Apóstolos que ela transmite, é o lugar do nosso conhecimento do Espírito Santo”.

Se antes o pecado destruiu a unidade do homem com Deus e desarmonizou o seu relacionamento com o próximo, através de pentecostes, uma nova cultura é vivenciada pela humanidade – e seu relacionamento com Deus é totalmente restaurado.

Cultura de Pentecostes

Antes de tudo, a vida no Espírito Santo é a nova vida ofertada por Pentecostes. Nesse sentido, conseguimos perceber, nos relatos do capítulo 4 de Atos, que os apóstolos e os primeiros cristãos não tinham dificuldades em ter comunhão.

Estavam sempre juntos e, mais que juntos, estavam unidos de coração. Pentecostes fortalece a cultura do amor, da partilha e da doação sem reservas, ou seja, desperta na Igreja nascente o desejo de serem um, de uma forma autêntica.

Além disso, cheios do Espírito Santo, os discípulos atraíam a muitos com seu testemunho de vida, simpatia e profunda caridade:

Unidos de coração, frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo… (At 2 46-47).

Desta forma, não era nada sacrificante para muitos que começavam a segui-los, venderem tudo o que tinham e depositarem todo o lucro aos seus pés. Enfim, a cultura gerada por pentecostes rendia sempre novas conversões, partilhas e comunhão.

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Curas, prodígios, milagres, conversões em massa ao cristianismo, tudo isso aconteceu após Pentecostes. Mas, sem dúvida, a unidade gerada por Deus entre as primeiras comunidades como primícias da vida celeste era encantadora.

Houve muitas dificuldades, pois a humanidade, apesar de tanta graça, não foi totalmente redimida, mas o Espírito Santo superabundou a capacidade de amar do homem.

Com seus 7 dons e todos os carismas, o Espírito Santo renova a humanidade e concede a ela o grande presente de unir-se à Glória de Deus.

Pentecostes impulsiona para a missão

Pentecostes desperta os discípulos para a missão, para o anúncio, para um apostolado vigoroso e incansável em que os sofrimentos são vistos com alegria e torna-se um impulso para que possam prosseguir.

Com seus 7 dons e todos os carismas, o Espírito Santo renovou a face da terra e
conferiu aos apóstolos a graça de realizarem grandes feitos, como disse o próprio Jesus:

Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai. E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho (Jo 14,12-13).

Mas toda essa graça não é meramente um presente para ser retido e sim instrumentos necessários para a santificação dos apóstolos, bem como a santificação e salvação daqueles que serão atingidos pelo anúncio da Boa Nova.

Além disso, apesar dos desafios, açoites, punições e perseguições, os discípulos não se cansam, ao contrário, eles tinham sempre em vista o alvo de sua missão: pregar o evangelho e anunciar Jesus Cristo como único caminho para a salvação.

Tinham a missão dada por Jesus como coisa maior que suas próprias vidas.

Dessa forma, tudo o que era posto em seus caminhos como pedra de tropeço se transformava em oportunidade para glorificar a Deus. Os obstáculos eram combustíveis e garantia de que estavam no caminho certo.

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Portanto, ao olharmos a espiritualidade de Pentecostes, precisamos nos questionar se, de fato, estamos deixando que o Espírito Santo conduza nossa vida, apostolado e relacionamentos.

Principalmente para nós, carismáticos, é de suma importância que nosso testemunho, nossos grupos, nossos relacionamentos e nossa entrega sejam reflexos do que foi a Igreja nascente.

Então, temos uma grande missão: ser memória e rosto de Pentecostes para o Brasil e para o mundo.

Embora tenhamos relatos do impacto que esse grande acontecimento causou na vida de todos nós, jamais conseguiremos expressar com totalidade sua importância.

Pentecostes transformou para sempre a vida dos apóstolos e discípulos de Nosso Senhor e seu transbordamento alcança hoje as nossas vidas, e, sem dúvida, chegará até os últimos tempos.

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