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“Colocavam tudo em comum”, como os primeiros cristãos viviam sua vida financeira

A verdade é que sem um coração renovado pela graça do Espírito Santo teremos bastante dificuldade em compreender  a partilha ao falarmos de vida financeira. Ainda mais, em abrir nosso coração a uma comunhão real e concreta, pois somente o Espírito Santo pode produzir em nós a verdadeira caridade.

Os primeiros Cristãos possuíam tudo em comum e por isso conseguiam experimentar a graça de Deus na totalidade de suas vidas, inclusive na vida financeira.

Assim, a vida fraterna e a comunhão dos bens produziam nas primeiras comunidades cristãs uma profunda caridade. De tal modo que quanto mais partilhavam, menos lhes faltava e, com isso, mais experimentaram o agir do Espírito Santo no meio deles.

Portanto, se quisermos experimentar mais profundamente a graça do Espírito Santo, devemos meditar e rezar com o exemplo dos primeiros Cristãos.

Por isso, vamos continuar refletindo o modo de vida das comunidades cristãs primitivas.

O Espírito Santo alicerçou a Igreja de Cristo na unidade e na comunhão

O Espírito Santo alicerçou a Igreja de Cristo na unidade e na comunhão total de vida, por isso vemos frequentemente, nos relatos das primeiras comunidades cristãs, que eles tinham tudo em comum.

“Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um” (At 2,44-45).

A caridade fraterna parece ser o cerne das primeiras vocações, ao mesmo tempo que era um fruto abundante do Espírito Santo entre os primeiros cristãos, pois não era preciso pedir, mas a contribuição dos fiéis era espontânea e voluntária.

Este exemplo, como podemos ver, servirá para as próximas gerações como modelo de unidade e caridade genuínas.

A nossa partilha é fruto de uma caridade e fé profunda

A partilha denota a profundidade da fé dos primeiros Cristãos na ressurreição de Cristo, pois consideravam seus bens e pertences como algo que está abaixo da realidade divina.

Ao contrário do que muitos pensam e pregam, os primeiros cristãos não colocavam sua vida financeira sob um regime comunista, afinal, eles ainda possuíam propriedades privadas.

A diferença é que tudo parecia ter um valor muitíssimo inferior diante da fé na iminente vinda de Nosso Senhor e da necessidade de anunciar essa verdade. Logo, tudo o que excedia as suas necessidades reais de sobrevivência era doado para os mais necessitados. (Cf. História da Igreja, 08 de dezembro de 2011).

Com esse exemplo devemos, também nós, encaramos isso como uma ação voluntária de alguém que também foi alcançado pelo anúncio do Evangelho. Ao contrário da visão invertida sobre a partilha, pois não é dar o que possuímos para ter de Deus uma troca de seus favores. Ainda mais, querer receber bem mais do que ofertamos.

Porém, diferentemente do que vemos nas primeiras comunidades cristãs, a partilha da vida financeira e as doações realizadas pelos cristãos são frutos de uma ação genuína do Espírito Santo. Esse é o verdadeiro ensinamento da Igreja.

A nossa doação gera frutos

Por buscarem uma fraternidade sincera, eles experimentavam a graça de Deus que operava no meio deles por meio de Sua Divina Providência, não deixando faltar nada a ninguém.

Pois, desde o início, a Igreja sempre teve este gesto dos cristãos que se despojavam das coisas que tinham a mais para dar aos necessitados. Era assim a primeira comunidade cristã”. (Cf. Arquidiocese de São Paulo).

“Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e o mais vos será dado em acréscimo”. Hoje em dia, mediante a nossa realidade, devemos seguir o exemplo dos primeiros cristãos e da forma como partilhavam suas finanças.

Logo, isso não significa que devemos vender tudo o que possuímos, mas que devemos manter os olhos e o coração bem abertos para as necessidades do Reino de Deus, deixando sempre que o Espírito Santo possa dispor livremente de tudo o que possuímos.

A vida financeira tem sua importância, e quanto mais ela for colocada a serviço da vontade divina mais frutos ela produzirá, pois na lógica da providência divina quem mais recebe é aquele que dá.

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A nossa doação é necessária para a evangelização

A começar pelos apóstolos, observamos que entre eles havia uma vigilância em atender as necessidades de cada um para que o anúncio da Palavra fosse cada vez mais viável.

Afinal de contas, o Evangelho era anunciado por homens que, embora tocados pela graça, ainda viviam aqui na terra e necessitavam ser supridos em sua humanidade. Para melhor compreensão: o nosso apostolado aqui na terra não dispensa a vida financeira, pois esta é responsável em viabilizar a missão a qual o Senhor nos deixou.

Logo, é errado querer viver do pão espiritual sem preocupar-se, em alguma medida, com o pão material. Ambos têm o seu papel na vida de um cristão e na missão da Igreja.

A partilha é fruto de conversão

Não basta apenas ofertar a nossa vida financeira a Deus esperando algo em troca, mas sim deixar que Ele realize livremente uma conversão sincera em nosso coração. Uma pessoa que foi de fato batizada pelo Espírito Santo não se aquieta enquanto não colocar toda a sua vida a serviço do próximo.

É por isso que as primeiras comunidades não exitaram em partilhar de seus pertences. Pelo amor Divino, eram impulsionadas a transbordar dessa graça partilhando tudo o que possuíam.

“Unidos de coração, frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração” (At 2,46). Dessa forma, aprendemos que o Espírito Santo tudo realiza, mas precisamos fazer a nossa parte.

Portanto, Carismáticos, temos a oportunidade de, dentro do nosso movimento, contribuir concretamente com a evangelização.

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