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Servo de Grupo de Oração: Qual sua missão?

Servo de Grupo de Oração: Qual sua missão?

Um dos frutos da experiência do Batismo no Espírito Santo é o desejo pelo serviço. No coração de quem descobriu-se amado por Deus, arde o anseio por amar e servir aos irmãos, levando essa mesma graça adiante. Ao engajar-se no Movimento, alguns tornam-se servos de Grupo de Oração, irmãos disponíveis para os trabalhos de evangelização, Ministérios, e demais necessidades do dia a dia.

Esta missão pede uma postura semelhante a do Servo dos servos, Jesus, o Filho de Deus. Ele que, como diz São Paulo em sua carta aos Filipenses, “não prevaleceu-se de sua condição divina, mas se despojou, tomando a forma de servo” (Fil 2, 6b-7). A partir desse olhar, pode-se  compreender que a missão do servo de Grupo de Oração é ser como Jesus, servo dos irmãos. 

Como servo, desejar a vontade do seu Senhor

Em primeiro lugar, o servo de Grupo de Oração deve ter o coração aberto e disposto para, em tudo, fazer a vontade de Deus. O serviço a Deus é mais do que uma imposição de atividades, mas uma entrega, uma oferta, uma expressão de amor. 

O coração do servo precisa desejar profundamente a vontade do Pai. Como Jesus, ser capaz de renunciar seus próprios desejos em vista da Vontade de Deus. Brota então a  consciência de que o reconhecimento humano ou engradecimentos não são necessários, muito pelo contrário: como o Mestre ensina nos Evangelhos “Somos servos inúteis, não fizemos nada além do que devíamos fazer!” (Lc 17, 7). 

O servo em tudo depende do seu Senhor. Do Pai brota a graça necessária para desenvolver todo trabalho. É dele que provém a capacidade de realizar qualquer tarefa (cf. Fil 2, 13).

Estar unido a Jesus para, com Ele, aprender a servir

Uma imagem que pode ilustrar a relação que o servo deve ter com Jesus é a do discípulo amado, que na última ceia reclinou a cabeça sobre o peito de Jesus (cf. Jo 13, 25). Numa expressão de intimidade, João escuta o pulsar do coração do Senhor, sua vontade, suas angústias, e se coloca a disposição. 

Outra figura bíblica que podemos ressaltar é a de Nossa Senhora, a “Serva do Senhor” (cf. Lc 1, 38). Ela, mais do que qualquer outro, esteve unida a Jesus, como serva. Desde a anunciação até sua assunção aos céus, Maria foi sempre “sim”. Logo após receber a visita do Arcanjo Gabriel, colocou-se a caminho e partiu “apressadamente” em direção à sua prima Isabel, para servi-la. Nas Bodas de Caná, Maria percebe que os noivos estão sem vinho para a festa, logo se coloca diante de Jesus: “Eles não têm mais vinho”, e para os serventes, “Fazei tudo o que Ele vos disser!”. 

Servo de Grupo de Oração, servo dos irmãos

A grande missão dos servos é, com o coração disponível, servir. Em contraponto à dinâmica do mundo de hoje – egoísta, autossuficiente, competitivo – servir é caminhar no sentido inverso. Enquanto, se conclama os poderosos, ricos e bem sucedidos, Jesus continua “revelando os pensamentos íntimos de muitos corações” (Lc 2, 35), como servo. 

Esse caminho de doação vai além do que prestamos para nossas famílias e amigos, por exemplo. Servir no Grupo de Oração é ser um outro Cristo, que serve também aos seus inimigos, aos desconhecidos, a quem não temos laços afetivos ou de sangue. Quando lembramos de Jesus, na última ceia, encontramos o Senhor a lavar os pés de seus discípulos, inclusive Judas que o iria trair. Portanto, não se seleciona a quem servir, mas se ama a todos, porque assim o Senhor os ama. 

Nesse caminho de encontro com o Senhor e de serviço aos irmãos, a caridade cresce e frutifica, despertando em outros o mesmo desejo, a partir do testemunho. Sejamos servos fiéis, que buscam em tudo, se assemelhar a Jesus. 

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