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Como os santos se relacionavam com o dinheiro?

Muitas pessoas, ao imaginar como os santos lidavam com o dinheiro, talvez fiquem com a ideia de que eles, de certa forma, negligenciaram tudo o que diz respeito a finanças.

Mas essa forma de pensar é equivocada, pois em se tratando da vida dos santos devemos levar em consideração as virtudes que possuíam.

E sendo as virtudes a capacidade de dar a justa medida a cada coisa, os santos sabiam dar ao dinheiro o lugar que lhes era devido e aproveitar-se bem dele para a edificação do reino de Deus.

Seguir o exemplo deles quando o assunto é dinheiro nos faz ter uma visão elevada de como esse bem material pode ser colocado a favor de Deus e da evangelização.

Continue lendo e aprenda a enxergar o dinheiro sobre a ótica de 3 grandes santos da nossa Igreja.

Teresa D’Ávila

Comecemos meditando como essa grande Doutora e mística dentre os santos de nossa Igreja via e lidava com o dinheiro.

Santa Teresa D’Ávila experimentou e testemunhou as graças que recebia constantemente da Divina Providência e de São José na sua vida e em todas as obras que empreendia.

Sua relação com o dinheiro era sábia, e embora soubesse que a graça de Deus era a sua maior riqueza não excluía a importância dos recursos financeiros para o crescimento da missão que lhe foi dada por Deus.

Ela mesmo afirmou: “Teresa sem a graça de Deus é uma pobre mulher, com a graça de Deus, uma fortaleza; com a graça de Deus e muito dinheiro, uma potência.” (Livro: Fundações).

É nítido ver em suas palavras que ela não exclui o dinheiro, mas sabe exatamente o seu lugar na construção do Reino de Deus. Dessa forma, aprendemos com ela que todo bem aqui nesta terra, inclusive os materiais, podem ser aliados da evangelização.

Leia também: “Colocavam tudo em comum”, como os primeiros cristãos viviam sua vida financeira

Sendo assim, conseguimos compreender como uma santa que em tudo dependia da Providência Divina conseguiu fundar e manter mais de 32 mosteiros.

Santa Teresa reconhecia que muitos poderiam até mesmo ser salvos do inferno através da doação material, pois, de fato, não sabemos o alcance que nossas doações podem ter.

“E como vos alegrareis se virdes alguém escapar do inferno pela esmola que vos tiver dado! É bem possível, pois estais muito obrigadas a rezar continuamente por aqueles que vos dão de comer. Embora tudo nos venha das mãos de Deus, o próprio Senhor quer que sejamos agradecidas às pessoas por cujo meio ele nos socorre. Nisto não haja descuido.”

Teresa sabia que existe benefício tanto para quem recebia como para quem doava, pois o próprio Senhor se encarregava de retribuir, de alguma maneira, as pessoas que davam do pouco possuíam.

São Paulo Apóstolo

São Paulo apóstolo também nos deixa santos testemunhos e ensinamentos sobre como devemos nos relacionar com a riqueza material e a vida espiritual. Ele deixa uma prescrição para Timóteo:

“Exorta os ricos deste mundo a que não sejam orgulhosos nem ponham sua esperança nas riquezas volúveis, mas em Deus, que nos dá abundantemente todas as coisas para delas fruirmos” (I Tim 6,17).

Olhemos que São Paulo nos afirma que Deus nos dá abundantemente todas as coisas para delas fruirmos. Porém, deixa claro que não podemos permitir que os dons que recebemos de Deus nos torne orgulhosos.

Ou seja, devemos buscar a humildade e reconhecer do que somos feitos, e sendo a vida passageira devemos aproveitar daquilo que possuímos com sabedoria. Com “coragem de colocar tudo sob a mão de Deus, e não querer controlar o que de Deus recebemos” (Cf. Consagre o seu dinheiro a Deus).

O apóstolo Paulo, em vários de seus ensinamentos, condena o amor ao dinheiro, mas sempre nos alerta da necessidade de ajudarmos o nosso irmão:

“De que aproveitará, irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso essa fé poderá salvá-lo?Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano,e algum de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos”, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma” (Tiago 2,14-17).

Dessa forma, São Paulo nos ensina que o problema não está em ter dinheiro, mas sim, no orgulho, na avareza e na idolatria.

São Padre Pio de Pietrelcina

Na história de São Padre Pio enxergamos o quanto o dinheiro foi benéfico para auxiliar tantos pobres e necessitados. Um exemplo disso foi o hospital criado por este grande santo da Igreja, ainda em nosso século, e que demonstra como o dinheiro era enxergado por Padre Pio.

Ele sempre dizia que todas as doações recebidas para o sustento dessa grande obra deveriam ser tratadas como algo muito sagrado. Dessa forma, percebemos que o Hospital do Padre Pio tanto bem fez por estar primeiramente alicerçado na fé, mas também por contar com inúmeras doações.

O hospital que tinha por nome Alívio do Sofrimento contou com uma enorme quantia doada para iniciar a sua construção, mas eram as pequenas doações fiéis que o mantinham.

As viúvas daquele tempo também eram as grandes responsáveis pela manutenção do hospital que existe até hoje como referência na saúde da Itália.

Dica para a próxima leitura: 5 dicas para organizar sua vida financeira à luz da fé

Portanto, esses três grandes santos de nossa Igreja nos demonstram que o problema não está no dinheiro, mas sim no uso imprudente desse bem.

Sendo assim, através do exemplo de Santa Teresa, São Paulo e São Padre Pio coloquemos o dinheiro a favor de Deus. Tornemo-nos, assim, um grande bem para a humanidade.

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